O melasma é uma doença de pele que provoca o surgimento de manchas no rosto (testa, nariz, buço e bochechas) e, eventualmente, no corpo. O quadro se inicia, geralmente entre 25 e 45 anos de idade, mas isso não é uma regra.

Apesar de ser apenas uma mancha e não provocar sintomas ou efeitos secundários no corpo, o Melasma pode impactar seriamente na qualidade de vida, uma vez que pode provocar em alguns doentes sensações de vergonha, desconforto e abalo da autoestima.

Infelizmente, é uma doença crônica e sem cura definitiva. Mas pode ser controlado com eficácia, de forma que fique imperceptível. Vale ressaltar, que mesmo que uma pessoa tenha uma melhora total da mancha, ela não está curada, pois ela pode voltar facilmente.

Eu costumo dizer aos pacientes que o esforço terapêutico necessário para clarear a mancha, é quase o mesmo daquele necessário para manter-se sem a mancha. Para clarear ainda mais essa frase, gosto de fazer uma analogia com outras doenças de comportamento crônico, como hipertensão ou diabetes por exemplo. Um paciente diabético, ao descobrir-se com diabetes por níveis glicêmicos muito altos, pode iniciar uma série de medidas terapêuticas e mudanças de comportamento para o seu tratamento, como: medicações, emagrecimento, atividade física e alimentação adequada. Por fim, ele pode passar a se manter com sua glicemia normal, mas esse fato não o faz deixar de ser diabético. Os esforços necessários para manter essa glicemia normal continuarão necessário por toda a vida. Ele precisará do acompanhamento médico rotineiro e de mudanças de dosagens ou medicações quando necessário. Assim como o diabético com glicemia controlada não deixa de ser diabético, o portador de melasma também não deixa de ter melasma após um tratamento com completo clareamento.

A boa notícia é que, na menopausa, há uma melhora considerável do melasma, mas, se houver terapia de reposiçãohormonal, pode piorar.

o que provoca as manchas?

São vários os mecanismos participantes da origem da mancha do melasma e esse tema ainda está em estudo pela ciência. Mas hoje já se sabe que no melasma há:

... uma forte predisposição genética

... uma inflamação excessiva

... alteração dos vasos sanguíneos locais, mais dilatados

... uma alta sensibilidades local aos hormônios femininos

... um stress oxidativo aumentado

... uma pele na mancha mais sensível ao sol e luz

... uma pele sensível ao calor

... uma pele alterações de barreira da pele (mais "porosa" e sensível)

... um quadro quase "alérgico" local.